Páginas

domingo, 12 de setembro de 2010

II FESTIVAL DO PALQUINHO

Galera, dia nove deste mês começaram as inscrições pro II FESTIVAL DO PALQUINHO!

quando? de 18 a 22 de outubro, durante a semana acadêmica das artes.
onde? no DAD (general vitorino, 255)
que horas? as apresentações começarão as 19h.
vai ter prêmio? sim! a apresentação mais votada ganhará um belo prêmio, e eu juro que não é um abacaxi.
as inscrições vão até o dia 30/09, pelo email cadi.teatro@yahoo.com.br ou entrem em contato com o povo do CADi no departamento!
lembrando que no teu email da inscrição deve constar:

nome do trabalho
nome de quem participa
duração (no máximo 30min, porque já tem O Idiota no Poa em Cena com 5h, já tá tri.)
'sinopse' do que vai ser feito
se vai precisar de luz, som, figurantes, dançarinos, pedestais e outros tipos de aparatos cênicos.

e ah, vale tudo viu?música, performance, poesia, leitura, esquete, stand up, mas sugiro que strip teases sejam repensados, #ficadica.


venham participar.



Dúvidas entrem em contato com o CADi 33084378

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Cultura de Quinta!

Oi meu povo, este post é pra avisar pra todo mundo que nós do CADi estamos com um projeto ultra hiper mega cultural, de quinta, mas cultural. Segue aí embaixo o cartaz da primeira apresentação: um acústico do kevin com participação da keka e do di!



Começa na semana que vem e vai continuar se você caro leitor, se pilhar de compartilhar seus dotes artisticos nas próximas quintas que virão! Então #ficadica pra quem quiser participar vir falar com a gente.

Afinal tamojunto, beijotchau.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Ciclo de Cinema


Nesta sexta-feira ( 21/05 ) no mesmo horário de sempre ( 18h ) continua o Ciclo de Cinema Dadiano com a apresentação dos filmes do cineasta Glauber Rocha. Nessa semana sera apresentado o filme de 1969 -  " O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro ".
Acontecerá após a apresentação do filme uma conversa/discussão com o Flávio Mainieri, do Departamento de Arte Dramática da UFRGS.

Sinopse


Antônio das Mortes é contratado para matar um novo líder cangaceiro que surge no interior do Brasil. Ele realiza sua missão, ao mesmo tempo que entra em confronto com jagunços e um velho coronel que domina a região. Apesar da história simples, o diretor Gláuber Rocha a conta de uma forma alegórica, miisturando cordel e ópera, priorizando a música e os ritos folclóricos próprios da população nordestina.Glauber envolve a narrativa dentro do olhar metalinguistico comum ao cinema novo. A camera arrastada e a música vibrante Nordestina dão quase uma impressão de continuação a Deus e o Diabo. Por muito é considerado a obra prima do Mestre Glauber, que mistura o ritual antropofagico Nordestino, sua "seita" e seu folclore ao encontro apoteotico com uma forma diferente de se fazer cinema, seguindo os paremetros do cinema novo -já passado a fase experimental da primeira leva de filmes.




Bom Filmes



Serviço do Evento:

Onde : General Vitorino 255 ( DAD )
Quando : 21/05
Horário : 18h
Filme : O Dragão da  Maldade contra o Santo Guerreiro
Diretor : Glauber Rocha
Elenco : Maurício do Valle, Odete Lara ,Hugo Carvana, Jofre Soares , Lorival Pariz, Rosa Maria Penna , Emmanuel Cavalcanti ,Vinícius Salvatori
Duração : 105

Entrada Gratuita

Foto do Ciclo de Cinema

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Fotos do Sarau



No dia 30/04 a partir das 19h  ocorreu o primeiro Sarau do ano do NOVO CADi ( aGenteTAjunTO ). Tivemos varias atrações, performances, musicas, shows, poesias ...
Quem iniciou os trabalhos foi a performance de Martina e convidados interpretando a Ilustríssima Vanuza com o querido Hino Nacional embriagado... (Se teu risonhos céu, risonho e Límpidoooo...aaa imagem do Cruzeirooo).
Depois sobem ao palco Camila e Keka cantando os seu PopRock's, logo após temos a entrada da "Dama e o Vagabundo" no palco por Kevin. Tivemos participações de Lady Gaga e Beyonce pelos corpinhos de Keka e Danuta . Já no meio da festa quem sobe ao palco é a Pam e sua amiga rolando um Sambão puxado, seguido delas o trio Fred, Lucca e Pam estourando um Beatles pra galera.
Tivemos a participação de Fabi recitando/interpretando um poema de Fernando Pessoa ( Alberto Caeiro ). O pessoal do IA se fez presente na festa do CADi agitando. O namorado da Kaya ( que não lembramos o nome ) movimentou a festa com o seu tropicalismo. Tudo isso apresentado pelo anfitrião, o personagem de Vini Boch - Bibo Nunes - e sua voz de veludo.
Depois disso as Pickups foram abertas e a festa começou com o som do Dj Pablo Damian e o palco foi aberto para quem quisesse se apresentar, nisso tiveram inúmeras apresentações e performances.

Segue abaixo as fotos do Sarau !!! Aguardem o PRÓXIMO

quarta-feira, 5 de maio de 2010

A Fina Flor

Gente... o TPE continua firme e forte nesse mês de MAIO. Todas as quartas-feiras nos horários já conhecidos ( 12:30 e 19:30 ) no Teatro Alziro Azevedo (Av. Salgado Filho, 340 - Centro) com ENTRADA FRANCA !!!!
Nesse mês de MAIO será apresentado o espetáculo " A FINA FLOR".




Sinopse: A fina flor propõe ao espectador um lúdico encontro com duas anfitriãs, Claudete e Maria Helena, que com muita alegria recebem o público numa esperada visita, na qual revivem as glórias de um passado remoto. Ao longo dessas lembranças são reveladas situações íntimas de suas vidas, onde realidade e fantasia, passado e presente se confundem. Duas vidas que percorrem estes tempos tendo uma à outra como cúmplice, um lugar onde dividir a dor e somar a ilusão. Buscam encontrar ou até mesmo perder suas referências dentro de uma questão que permeia todo espetáculo: a existência, a mais fina flor. 


Ficha Técnica:
Elenco: Letícia Pinheiro e Thiago Pirajira
Direção: Júlia Rodrigues
Roteiro: Letícia Pinheiro e Thiago Pirajira, a partir de material audiográfico coletado em saídas de campo e de fragmentos de textos de obras literárias de Clarice Lispector e Marguerite Duras.
Criação de figurinos: Letícia Pinheiro e Thiago Pirajira
Confecção de figurinos: Alcinda Pinheiro
Iluminação: Claudia de Bem
Direção musical: Ricardo Pavão
Músicos: Alexandre Fritzen da Rocha (teclado e percussão) e Ricardo Pavão (violão e percussão)
Preparação vocal: Marlene Goidanich
Orientação: Irion Nolasco
Fotos: Daniela Pinheiro
Duração: 60min





                BOM ESPETÁCULO !!!!     

terça-feira, 4 de maio de 2010







No dia 05 de Maio
Quarta-feira
às 19h30min
no Teatro de Arena (Borges de Medeiros, 835 - altos do viaduto)
tel.: 32260242

bate-papo com
Jairo de Andrade e Araci Esteves


Ele, fundador do Teatro de Arena.
Ela, integrante do Grupo de Teatro Independente, pré-Arena.

Há algum tempo eles não se vêem.
Há algum tempo não pisam naquele palco.
Será um reencontro e tanto...

Traga sua sede de teatro,
traga suas questões,
crie...

ENTRADA FRANCA

Ciclo de Cinema Dadiano - CADi

Nesse sexta dia 07/05 as 18h no Departamento de Arte Dramática da UFRGS ( DAD - R. General Vitorino, 255 ) começa o ciclo de debates/analises de Filmes selecionados pelos estudantes de Teatro. Nesse mês de maio será levado ao público a obra do cineasta carioca Glauber Rocha, marcando a estréia do Ciclo Dadiano com o filme  :  " Deus e o Diabo na Terra do Sol".


Trecho de artigo no semanário L’Espresso, 16/08/64 - Roma, escrito por Alberto Moravia :


Que conta Deus e o Diabo na Terra do Sol ?


O argumento de Deus e o Diabo na Terra do Sol é uma síntese de fatos e personagens históricos concretos (o cangaço e o mandonismo local dos coronéis no Nordeste, o beatismo ou misticismo de base milenarista, a literatura de Cordel, Lampião e Corisco, Euclides da Cunha e Guimarães Rosa, Antônio Conselheiro e Antônio Pernambucano (jagunço ou assassino de encomenda de Vitória da Conquista). O vaqueiro Manuel se revolta contra a exploração de que é vítima por parte do coronel Morais e mata-o durante uma briga. Foge com a esposa Rosa da perseguição dos jagunços e acaba se integrando aos seguidores do beato Sebastião, no lugar sagrado de Monte Santo, que promete a prosperidade e o fim dos sofrimentos através do retorno a um catolicismo místico e ritual. Ao presenciar o sacrifício de uma criança, Rosa mata o beato. Ao mesmo tempo, o matador de aluguel Antônio das Mortes, a serviço dos coronéis latifundiários e da Igreja Católica, extermina os seguidores do beato. Em nova fuga, Manoel e Rosa se juntam a Corisco, o diabo loiro, companheiro de Lampião que sobreviveu ao massacre do bando. Antônio das Mortes persegue de forma implacável e termina por matar e degolar Corisco, seguindo-se nova fuga de Manoel e Rosa, desta vez em direção ao mar.


No início, conta a estória, tão freqüente na literatura verista do século XIX, do camponês que, num momento de desespero, mata o patrão escravista. Mas, desde o momento em que Manuel se embrenha na caatinga e se junta ao bando dos fanáticos seguidores do Santo Sebastião -- um profeta negro que afirma que um dia o mar vai virar sertão e o sertão vai virar mar e que o sol choverá ouro e que, portanto, para provocar esse milagre, é preciso matar todos os que fazem o mal, isto é, principalmente os padres e as prostitutas --, desse momento em diante, o filme conta algo de muito moderno: as alucinações, as visões, as práticas e os modos de conduta aberrantes que a fome, a miséria e a ignorância podem inspirar num povo desesperado.


Em São Sebastião e seus seguidores, fome, ignorância e miséria fazem arder uma loucura que os impele até aos sacrifícios humanos; no cangaceiro Corisco, a cujo bando Manuel se junta depois que o Santo Sebastião e seu grupo são destruídos, fome, ignorância e miséria fomentam uma ferocidade insaciável, sistemática, demoníaca.


Assim, o Santo Sebastião e Corisco representam Deus e o diabo, ambos deformados e transtornados pela solidão do sertão. De maneira característica, a solução do problema social representado por figuras como o Santo Sebastião e Corisco é confiada à carabina infalível de Antônio das Mortes, matador profissional, figura sinistra, melancólica e lógica de assassino visionário, o qual imagina que, uma vez eliminados o diabo (Corisco) e Deus (o Santo Sebastião), haverá então a guerra de libertação, ou melhor, a revolução, que redimirá o sertão. É assim que Antônio das Mortes fulmina o profeta e o bandido. Manuel, símbolo do povo brasileiro, escapa, testemunha viva da verdade das teses do filme.






                                                                BOM FILME  !!!!

O CADi estará oferecendo Combos ( pipocas e refrigerantes ) a preços modestos.... BARATO PRA CARAMBAAAA....... HhhhHHHhhUUUuuuUUuummmmMMMMM...

APROVEITEM !!!!!!

sábado, 24 de abril de 2010

Projeto : Olha Nóis !!!

O Projeto: Olha Nóis é uma mecanismo social do novo CADi, no qual estará sempre disponibilizando fotos das festas, eventos, espetáculos de nóis - Os Dadianos.



O DAD se fez presente na II Parada de Teatro, que aconteceu no brique na Redenção....

Vejam as fotinhos dos DADIANOS lá e da cambada que faz TEATRO por aqui.......

Ciclo de Cinema Dadiano 1ª Edição

Mensalmente serão escolhidos filmes que compõem um conjunto. Estes serão reunidos por causa de um diretor, uma escola cinematográfica, um roteirista, por uma época ou por outro princípio.

Cada dia será feita uma contextualização da obra, será exibido o filme e depois serão levantadas questões relacionadas para que aconteça uma provocação e um bate-papo. Em alguns dias haverá uma pessoa convidada para explanar e conduzir o debate.

O objetivo é proporcionar um espaço onde a obra cinematográfica esteja disponível para a apreciação, questionamento, incômodo, provocação e afeto. 
A evento é realizado por alunos de teatro, contudo pretende discutir elementos que são específicos ao mundo do cinema. Não visa incentivar as ligações óbvias e superficiais, mas sim incitar o participante a descobrir novas relações entre esses dois universos. A experiência se propõe a ampliar as referências artísticas e possibilitar o contato diferenciado com o cinema e suas particularidades.



Serviço :
                                                                
                                      Ciclo de Cinema DADIANO 1ª Edição

Onde: DAD ( R. General Vitorino 255 - Convívio )
Quando : todas as sextas-feiras
Horário : 18:00h          






Mês de MAIO : Ciclo Glauber Rocha








Ficha dos filmes de Maio :
 
07/05 Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964) 125 min
14/05 Terra em Transe (1967) 106 min
21/05 O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro (1969) 100min
28/05 Idade da Terra (1980) 160 min

Organizadores:

Luis Fabiano Oliveira
Maurício Casiraghi




BOM FILME !!!!!
        

TPE - teatro, pesquisa e extensão

O TPE já começou DADIANOS....compareçam, venham ver o que rola dentro da faculdade que vocês estão...e quem não é do DAD também tem a oportunidade de vivênciar o teatro universitário que cada vez ganha mais e mais qualidade.
Todas as quartas-feiras de cada mês tem um espetáculo diferente, tragam seus amigos, inimigos, vizinhos,colegas, parentes....o mendigo ...as portas do teatro Alziro Azevedo ( Av. Salgado Filho, 340 - Centro ) está aberta para todos os públicos.

Nesse mês de abril o espetáculo é "Na Solidão", inspirado na obra Na solidão dos Campos de Algodão de Bernard-Marie Koltès, o espetáculo que une o teatro à dança, mostra os encontros e os desencontros dos relacionamentos e também a satisfação dos desejos entre os homens, temática recorrente nesta obra.


Onde: Alziro Azevedo ( Av. Salgado Filho, 340 )
Quando: todas as quartas-feiras
Horários: 12:30h e 19:30h



Ficha Técnica
Elenco: Giuli Lacorte e Letícia Paranhos
Direção e coreografia: Giuli Lacorte
Assistência de direção: Filippi Mazutti
Figurino: Letícia Restano
Iluminação: Lucca Simas
Operação de som: Filippi Mazutti
Produção de palco: Pablo Damian
Orientação: Marta Isaacsson e Suzane Weber
Trabalho originado na disciplina Estágio de Atuação I
Duração: 50min


BOM ESPETÁCULO!

ABERTURA - o Sarau


No dia 30/04 numa sexta-feira, na sala de convívio do DAD ( departamento de arte dramática da UFRGS ), localizado na Rua General Vitorino 255, acontecerá o primeiro Sarau artístico, literário, musical, dionisíaco..... do ano.
Dentro das dependencias do Departamento de Teatro um lugar de confraternização entre as artes e os públicos, por isso todos estão convidados para beber conosco, se divertir, cantar, dançar, e se quiser apresentar alguma criação própria ( ou não ) tá livre.
Teremos apresentações de grupos/artistas de musica, dança, teatro, bonequeiros.... e tudo que for surgindo na hora também é bem vindo, é só subir no palco. Tudo arregado ao bom e velho néctar dos deuses : o Vinho.
Venha trazer sua inquietação, liberdade, alegria, amor, felicidade,ARTE,etc......



Serviço do Evento

Quando : 30/04 ( sexta-feira )
Quanto : de grátis
Horário: a partir das 17:00 
Onde: R. General Vitorino, 255 - sala de convívio do DAD

Levanta a Bunda aiiiii




Olha só galera.... o novo CADi já assimiu e JÁ começou a "brincadeira".
Em menos de duas semanas nós já conseguimos um microondas ( agora dá pra fazer pipoca e café \o/ ), limpamos aquela sala abandonada que era o cadi ( e agora virou o CADi - com letrinhas maiúsculas viu Dannuta? ), graças ao nosso cenógrafo de plantão ( querido Pablo ) temos um Lounge de descanço e....(poing) com clima ambientizado, incensos, etc.... ou seja tudo do bom e do melhor.

Agora temos a oportunidade de não mais dependermos somente da sala de informática (que por sinal nunca esta aberta né ), o CADi já solicitou acesso à internet, já temos o computador, só estamos esperando a liberação do IP do PC ( quem é técnico ou saca dessas bobagens vai se ligar do que falo ), depois de instalado na sala do CADi será só ALEGRIA .....heheheheh.

Também temos uma supresa para o início de maio. Teremos agora uma GELADEIRAAAA !!!!! Nossaaa....
Vai dar pra levar a Melancia agora Magali (piada interna sorry).

Em maio será feito também a entrega dos armários, que só não foram feitas ainda, pois os armários estão sendo pintados (quem não sentiu o cheiro horrível de tinta ein?? ) e depois serão concertados. Nós queremos entregar armários lindos, cheiros, arrumados e em bom estado né... Então te liga cabeção pois o sorteio dos armários ocorrerá nos proximos dias, fica ligado aqui bixo !!!!

Temos também agora dentro CADi algo vital para a vida de qualquer estudante do DAD no período do meio-dia todos os dias, algo que nunca tem quando mais precisamos dele.....vamos dar as boas vindas para o inacabável ( a partir de agora ) PAPEL HIGIÊNICO.... chega de limpar a bunda nas meias ou xerox do Clóvis.....o CADi deu um basta nessa MERDA ( literalmente hehehhe ).....



Bom temos varias outras e tantas e muitas, demasiadas inovações...mas por hora é só tchê. Fica ligado que NÓIS TEMO INDO CUM TUDO !!!!


E não esquece cambada: AGENTETÀJUNTOOOOO !!!!!!!!!!!!!!!





PS.: adoro esse negocio de PS.....hehhehehe.....deixa uma sugestã ai loko, uma dica....inscreve qualquer coisa....vamo nos MANIFESTARRRR.....quem faz o DAD somos nós os ESTUDANTES.

Primeiro manifesto

CARTA AO ATOR
 

(Esta carta foi escrita por Eugênio Barba a um dos seus atores em 1967. É publicada frequentemente em livros e revistas, para ilustrar a visão teatral de seu autor e sua atitude para com um "novo ator". Foi publicada pela primeira vez no livro Synspunkter om Kunst - Pontos de vista sobre a arte, Copenhaque:1968).

"Frequentemente me surpreende a ausência de seriedade em seu trabalho. Não é devido à falta de concentração ou de boa vontade. É a expressão de duas atitudes.

Antes de tudo, tem-se a impressão de que suas ações não são ditadas por uma convicção interior ou por uma necessidade que deixa sua marca no exercício, na improvisação, na cena que você executa. Você pode estar concentrado no seu trabalho, não estar se poupando, seus gestos podem, tecnicamente, ser precisos e, no entanto, suas ações continuam sendo vazias. Não acredito no que você está fazendo. O seu corpo só diz uma coisa: obedeço a uma ordem dada de fora. Seus nervos, seu cérebro, sua coluna não estão comprometidos, e, com uma atitude epidérmica, quer me fazer crer que cada ação é vital para você. Você mesmo não percebe a importância do que quer fazer partícipe os espectadores.

Então, como pode esperar que o espectador fique preso por suas ações?
Como você poderia, assim, afirmar e fazer compreender que o teatro é o lugar onde as convenções e os obstáculos sociais devem desaparecer, para deixar lugar a uma comunicação sincera e absoluta? Você neste lugar representa a coletividade, com as humilhações que passou, com seu cinismo que é autodefesa, e seu otimismo, que é a própria irresponsabilidade, com seu sentimento de culpa e sua necessidade de amar, a saudade do paraíso perdido, escondido no passado, na infância, no calor de um ser que lhe fazia esquecer a angústia.

Todas as pessoas presentes nesta sala ficariam sacudidas se você efetuasse, durante a representação, um retorno a estas fontes, a este terreno comum da experiência individual, a esta pátria que se esconde. Este é o laço que o une aos outros, o tesouro sepultado no mais profundo do nosso ser, jamais descoberto, porque é nosso conforto, porque dói ao tocá-lo.

A segunda tendência que vejo em você é o temor de levar em consideração a seriedade deste trabalho: sente uma espécie de necessidade de rir, de distrair-se, de comentar humoristicamente o que você e seus companheiros fazem. É como se quisesse fugir da responsabilidade que sente, inerente à sua profissão, e que consiste em estabelecer uma relação e em assumir a responsabilidade do que revela. Você tem medo da seriedade deste trabalho, da consciência de estar no limite do que é permitido. Tem medo de que tudo aquilo que faz seja sinônimo de fanatismo, de aborrecimento, de isolamento profissional. Porém, num mundo em que os homens que nos rodeiam já não acreditam em mais nada ou pretendem acreditar para ficarem tranqüilos, aquele que se afunda em si mesmo para enfrentar a sua condição, a sua falta de certezas, a sua necessidade de vida espiritual, é tomado por um fanático e por um ingênuo. Num mundo, cuja norma é o enganar, aquele que procura "sua" verdade é tomado por hipócrita.

Deve aceitar que tudo no que você acredita, no que você dá liberdade e forma no seu trabalho, pertence à vida e merece respeito e proteção. Suas ações, na presença da coletividade dos espectadores, devem estar carregadas da mesma força que a chama oculta na tenaz incandescente, ou na voz da sarça ardente. Somente então, suas ações poderão continuar a viver no espírito e na memória do espectador, poderão fermentar conseqüências imprevisíveis.

Enquanto Dullin jazia em seu leito de morte, seu rosto se retorcia assumindo as máscaras dos grandes papéis que viveu: Smerdiakov, Volpone, Ricardo III. Não era só o homem Dullin que morria, mas também o ator e todas as etapas de sua vida.

Se lhe pergunto por que escolheu ser ator, me responderá: para expressar-me e realizar-me. Mas que significa realizar-se? Quem se realiza? O gerente Hansen que vive uma existência respeitável, sem inquietudes, nunca atormentado por estas perguntas que ficam sem respostas? Ou o romântico Gauguim que, depois de romper com as normas sociais, terminou sua existência na miséria e nas privações de uma pobre aldeia polinésia, Noa-Noa, onde acreditava ter encontrado a liberdade perdida? Numa época em que a fé religiosa é considerada como neurose, nos falta a medida para julgar o êxito ou o fracasso de nossa vida.

Sejam quais foram as motivações pessoais que o trouxeram ao teatro, agora que você exerce esta profissão, você deve encontrar um sentido que vá além de sua pessoa, que o confronte socialmente com os outros.

Somente nas catacumbas pode-se preparar uma vida nova. Esse é o lugar de quem, em nossa época, procura um compromisso espiritual se arriscando com as eternas perguntas sem respostas. Isto pressupõe coragem: a maioria das pessoas não tem necessidade de nós. Seu trabalho é uma forma de meditação sobre si mesmo, sobre sua condição humana numa sociedade e sobre os acontecimentos de nosso tempo que tocam o mais profundo de si mesmo.

Cada representação neste teatro precário, que se choca contra o pragmatismo cotidiano, pode ser a última. E você deve considerá-la como tal, como sua possibilidade de reencontrar-se, dirigindo aos outros a prestação de contas de seus atos, seu testamento.

Se o fato de ser ator significa tudo isto para você, então surgirá um outro teatro; uma outra tradição, uma outra técnica. Uma nova relação se estabelecerá entre você e os espectadores que à noite vêm vê-lo, porque necessitam de você."